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Foto do escritorPilar Estevão

Minha jornada profissional

Atualizado: 11 de out.

Há um ano, nesse dia (16 de março), eu me despedia da CLT e de uma jornada de 5 anos como professora de educação infantil. Siimm... antes de estar fotógrafa eu estava professora... Você já sabia disso?

E você, também já passou por transição de carreira? Como foi ou está sendo esse processo?


Eu já passei por algumas transições e sinto que todas as minhas experiências anteriores me prepararam e direcionaram para onde estou hoje. Me amadureceram em diferentes aspectos... Minha visão de mundo, meu olhar, minha forma de cuidado, minhas relações, minha sensibilidade, meus conhecimentos administrativos, o reconhecimento das minhas capacidades e do meu gosto. E tudo isso foi preciso para hoje eu ter estrutura e recursos (internos) para desbravar a carreira de fotógrafa e dona do meu próprio negócio.


Como Assistente Social aprendi a olhar pro mundo e suas estruturas de poder, e assim aprendi a ter respeito pela diversidade e pela história de cada um, a ouvir mais e julgar menos (ou pelo menos tentar).

Como pizzaiola e estudante intercambista, aprendi sobre a minha capacidade de enfrentar meus medos e vergonhas, minha capacidade de aprender, me superar e me adaptar a condições das mais diversas possíveis e tomar consciência de que eu era capaz de muito mais do que eu já havia imaginado.

Como professora de Inglês aprendi que mesmo que saibamos algo, nem sempre nos sentiremos seguros para ensinar, mas isso não significa que não somos bons ou que falhamos, só aprendemos mais sobre quem somos.

Como assistente administrativo e estudante de administração aprendi sobre o mundo corporativo, elaboração de ferramentas de acompanhamento e gestão, processos burocráticos... e mais uma vez aprendi sobre a minha capacidade de aprender, de me relacionar com as pessoas (pra quem não sabe, sou tímida, então sim... eu desenvolvi bem essa área e “disfarço bem”), de fazer bem feito mesmo o que não gosto... percebi minha “facilidade” de compreender e executar tarefas novas e vencer obstáculos (por mais que causem dor).

Como pedagoga e professora de educação infantil aprendi a observar e respeitar a singularidade de cada um, aprendi sobre mim mesma observando as crianças, e pude deixar fluir toda minha sensibilidade e meu gosto por cuidar.


Cada lugar que passei e experiência que vivi me tornaram quem sou. Cada dor e desafio, cada conquista e alegria, me amadureceram para hoje eu confiar em mim e na minha sensibilidade para trabalhar com Arte, com a sutileza... de uma forma fluida, leve, cuidadosa e respeitosa com a singularidade de cada um, e de cada lugar que fotografo.

E hoje eu celebro um ano que me permiti dar mais esse passo importante na minha história.


Ah! Alguns adendos nessa história...


Todas as minhas transições foram motivadas por uma inquietação interna que me fazia sentir que aquele ali não era mais o lugar que eu deveria estar, e o que eu precisava viver/ aprender ali já tinha sido “alcançado”. Segui os chamados e direções do meu coração...


Durante 35 anos da minha vida (sim, quase toda!), eu tive um incomodo grande de achar que eu não “prestava” para nada (é uma palavra baixo astral neh, mas era exatamente ela que eu usava), por mais que eu fizesse bem feito, eu não sentia que eu tinha me “encontrado” profissionalmente. E na minha última transição, ainda quando professora, quando comecei a sentir o incomodo bater à porta novamente, eu tive uma crise porque achava que na educação eu tinha me encontrado (e de fato tinha, mas encontrei um pedaço de mim...) e não entendia porque novamente eu queria mudar. Foi quando entendi que sou múltipla (e posso continuar me encontrando em vários lugares, aspectos...), e tá tudo bem, essa sou eu. Que meus “dons e talentos” não me conduzem a uma profissão específica, são características que me acompanham em qualquer lugar que eu estiver... e que todo meu caminho me permitiu enxergar isso e agora posso transbordar quem sou, meus aprendizados e inspirar a outros que se conectarem comigo.




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2 comentários


lourdesrep
16 de mar.

Filha, adoro e admiro o seu viver. Vc está sempre atenta aos "chamados". Sua atenção com o que te traz satisfação é um diferencial, se importando mais com o ser do quer com o ter.

Te amo e estarei sempre rezando e vibrando por suas conquistas.

Abraço de coração colado.

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Pilar  Estevão
Pilar Estevão
16 de mar.
Respondendo a

Obrigada por tanto mãe! 🤍

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